Menino apucaranense cria game "Dominando a Hemofilia"
Modificado em 13/07/2020, 10:17
Inspirado pelos mundos dos games, o apucaranense hemofílico Théo Galhardo, de 8 anos, desenvolveu o jogo de tabuleiro “Dominando a Hemofilia”. O game é referente ao tratamento da hemofilia, doença em que impede a coagulação do sangue e que pode causar problemas como hemorragia. O jogo criado pelo garoto é direcionado para crianças e pré-adolescentes de 6 a 12 anos e é um dos projetos que a Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia (Abraphem) apresentou recentemente sob a forma de pôster no Virtual Summit, da Federação Mundial da Hemofilia (World Federation of Hemophilia).
O jogo de tabuleiro criado por Théo também ganhou um artigo no Haemophilia Jounal Suplement, jornal que mais publica matérias sobre a doença no mundo. “O game tem como objetivo facilitar o conhecimento das crianças sobre o tratamento da hemofilia, a fim de promover a superação de seus medos, além de construir força emocional para as crianças em relação ao tratamento”, explica Indianara Galhardo, mãe de Théo e vice-presidente da Abraphem.
A mãe do garoto também explica que o jogo também pretende promover um relacionamento saudável entre as crianças e a hemofilia, membros da família e com profissionais de saúde. “Estamos orgulhosos do Theo. O game tem outros fundamentos e já está sendo colocado em prática na associação com outras crianças e pré-adolescentes”, complementa a mãe de Theo, que junto do marido Talles Galhardo, promove há anos ações em apoio à hemofilia em Apucarana.
Luta contra a doença
Théo Galhardo foi diagnosticado com hemofilia quando tinha apenas um ano. Indianara conta que a descoberta foi em uma visita de rotina ao pediatra, quando ela questionou sobre a presença de hematomas no corpo da criança que levavam muito tempo para desaparecer. Após exames, a suspeita se confirmou.
Com apoio do marido Talles, Indianara, que até então não tinha nenhum conhecimento sobre a doença, começou a se aprofundar no assunto e promover eventos de conscientização sobre o assunto, como a tradicional caminhada da hemofilia em Apucarana, e hoje é vice-presidente da Abraphem.