Pagamento de 13º injeta R$ 193 milhões na região
Modificado em 07/11/2020, 18:23
Após um ano de diversos percalços na economia por conta da pandemia, o pagamento do 13º salário deve trazer um alívio para a economia local, que está em recuperação. De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), os 78.996 trabalhadores formais dos 9 municípios que compõe a microrregião de Apucarana deverão receber mais de R$ 193 milhões com o pagamento do 13º salário. A maior fatia deste valor deve ficar no comércio das cidades, aponta especialista.
De acordo com o economista Rogério Ribeiro, a média salarial dos trabalhadores da região é na faixa de R$ 2 mil a R$ 2,3 mil, e a maioria não tem o hábito de poupar, por essa razão, grande parte desse recurso acaba ficando no comércio. “Geralmente as pessoas vão consumir com o 13º salário. A expectativa é que grande parte desse recurso irá para pagamento de dívidas, que aumentou durante a pandemia, e outra parte, deverá ir para o consumo, movimentando o comercio local”, avaliou. Ribeiro pontua que o recurso não deve compensar as perdas sofridas pela economia durante a pandemia, mas vai ser um alívio para o comércio local e regional.
“Mas não deixa de ser um fator importante, haja vista que tivemos um ano muito difícil de muitas perdas para o setor de comércio e serviços por conta da pandemia, por conta do isolamento social, com atividades reduzidas e desemprego. É uma boa notícia que tem esse recurso chegando, que vai para o comércio e dará um folego para o setor”, analisa. Ainda segundo o economista, o valor injetado pelo 13º salário na região este ano, é inferior ao ano passado, sobretudo por conta da pandemia.
“No ano passado, o valor projetado chegou a R$ 202 milhões, então o valor que está sendo projetado para ingresso este ano por conta do pagamento do 13º é 4,4% menor. Isso acontece porque houve um maior índice de desemprego este ano. No ano passado, a região tinha cerca de 86 mil trabalhadores formais na microrregião e hoje temos um volume projetado em torno de 79 mil, temos cerca de 7 mil pessoas a menos empregadas no mercado formal, gerando esta redução do valor a ser pago”, explicou.
Jornal Tribuna do Norte