Avicultura fecha ano com crescimento de 6,4%
Modificado em 08/02/2020, 08:23
A produção avícola paranaense superou as previsões do setor para 2019. Em um ano de recuperação econômica, o estado fechou o ano com recorde de abates de frangos, chegando a marca de 1,87 bilhão de cabeças. O número é 6,43% maior ao registrado em 2018, com 1,76 bilhão de aves, marcando o recorde para a produção em um ano.
Os dados são do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) e geram expectativas entre produtores da região.Nas estatísticas do mês de dezembro, os índices seguiram a trajetória de crescimento, com acréscimo de 11,85% nos abates em relação ao mesmo mês em 2018. No total, foram 156,8 milhões de cabeças abatidas, ante 140,2 milhões em dezembro do ano anterior.
Esta foi a melhor marca no décimo segundo mês do ano na história da avicultura paranaense. As três principais regiões produtoras avícolas do estado foram a Oeste, responsável por 663,6 milhões de aves (35,42% do total); Norte Central, com 384 milhões de cabeças (20,49%) e o Sudoeste paranaense (363,1 milhões de aves e 19,38% dos abates). Segundo o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, os números reforçam o trabalho realizado pelos produtores na recuperação econômica do setor. “Juntos tivemos a capacidade de trabalharmos exatamente de acordo com a nossa demanda para projetarmos nossa oferta. Hoje a grande preocupação da avicultura paranaense é oferecer cada vez mais produtos, com as melhores condições possíveis”, afirma.
Para o avicultor Osvaldo Bueno, de Apucarana, a avaliação também foi positiva. A cada 60 dias, aproximadamente 13500 frangos saem da granja dele, direto para uma empresa. “Eu não posso reclamar, nem falar que foi ótimo. Mas foi bom sim. Nós não temos funcionários, é a minha família que toca, o que já economiza. Não chegamos a tirar um real por frango, mas o ano passado já deu para dar uma respirada”, detalha Osvaldo.
O avicultor acredita que 2020 deve ser ainda melhor, mas está preocupado com a situação da China, um dos países que mais compra frango do Brasil. “Minha granja é mais antiga, mas ela está paga, o que é muito importante. Com essa situação do coronavírus fiquei preocupado, estou aflito se isso deve afetar as exportações. Se não afetar, será um ótimo ano, ” destaca. João Paulo Voltareli também é avicultor. Ele tem três granjas em Cambira, emprega duas famílias e considerou o ano de 2019 estável. “Para mim não diminuiu e nem aumentou minha produção. Pelo menos fiquei estável. Agora estou esperançoso para esse ano. Acredito que será um pouco melhor”, comenta João. A cada 60 dias, a granja de João entrega aproximadamente 58 mil frangos. “Em média vendo por aproximadamente sessenta centavos cada frango, mas acredito que esse ano, vamos superar as expectativas”, ressalta. (COM ASSESSORIA)