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Mesmo com as reduções no mês de dezembro, o mercado começa a se acomodar com preços mais favoráveis ao produtor. (Fotos: Ivan Maldonado)
Mesmo com as reduções no mês de dezembro, o mercado começa a se acomodar com preços mais favoráveis ao produtor. (Fotos: Ivan Maldonado) - Foto:
Escrito por Ivan Maldonado
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Modificado em 12/01/2020, 07:42
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Ruim para o consumidor final, que amargou uma alta fora do comum no final do ano, a alta da carne bovina vem sendo comemorada pelos pecuaristas. A cotação do boi gordo, que em novembro chegou a ser comercializado em algumas cidades do país a R$ 230 a arroba, pode incentivar o setor. Desde 2016, o mercado não tinha alta de preços. Mesmo com as reduções no mês de dezembro, o mercado começa a se acomodar com preços mais favoráveis ao produtor. 

Na região de Ivaiporã, no centro do Paraná, por exemplo, nesta semana, segundo informações do Departamento de Economia Rural (Deral), a arroba (15 Kg) do boi gordo estava sendo comercializada a R$ 190, um aumento de R$ 45 em relação aos preços antes da alta. Já o bezerro na praça é comercializado por cerca de R$ 1,1 mil a cabeça contra R$ 900 antes da alta de novembro. 

Foto por Reprodução

O produtor de Ivaiporã, João Troyner de Arruda explica que os preços ficaram estagnados desde o início da crise econômica, em 2015. “Os preços atuais estão em um meio termo entre os valores antes e depois da alta. Eu acredito que pelo que se tem por aí, o mercado deve ficar entre R$ 180 a 190 a arroba, o que é um preço bom. No preço que estava, tinha fazenda que não se pagava mais”. 

Arruda relata que quadro favorável em novembro foi fruto de uma conjunção de fatores. “Tivemos o aumento das exportações para China, a desvalorização do real, além disso, o Brasil inteiro passou por uma estiagem. Com isso, diminuiu o gado de pasto e o de confinamento tem uma quantidade exata programada, aí houve a alta. Foi uma euforia de momento. Mas, a tendência agora é de estabilização nos preços atuais”.

O produtor diz que na época dos preços estagnados, só não saiu da atividade porque passou a trabalhar com carnes mais nobres. “Antes eu engordava todo o tipo de boi, mas como as contas não estava fechando de uns três anos para cá, mudei para o angus. Eu pego o bezerro, coloco no confinamento e com no máximo 14 meses levo para o abate. Ele me dá um preço melhor pela precocidade e cobertura de carcaça. Não fosse isso, hoje estaria fora do mercado”, relata Arruda, que consegue vender seus animais a um valor entre 7% e 8% maior que a cotação de mercado.

Foto por Reprodução

BEZERROS

O criador de bezerros João Batista Nunes, na atividade há mais de 30 anos também se mostra feliz com a melhora de preços. “Estava muito difícil. Há uns dois anos atrás bezerro fêmea, por exemplo, não existia nem procura, quase não achava de vender. Agora está um preço bom e a procura também, já que o preço está muito bom”. 

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