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Assessores avaliam que Bolsonaro deve focar na recuperação econômica

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Escrito por G1
Publicado em
Modificado em 08/06/2020, 13:14
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Depois do recado dos protestos do domingo (08), de que "as ruas não têm dono", o presidente Jair Bolsonaro precisa manter a postura de não partir para confrontos e focar na recuperação da economia. A avaliação foi feita ao blog por assessores diretos do presidente da República.

Para esses auxiliares, a semana passada já foi mais calma e, se continuar assim, haverá um ambiente propício para discussão de medidas para a retomada segura e responsável das atividades e para a aprovação de medidas econômicas no Congresso Nacional.

Assessores presidenciais dizem que o presidente entende a mensagem passada pelos atos deste domingo, quando houve mais manifestações contra o governo do que a favor.

"Seguir estimulando protestos de rua, ficou claro neste domingo, pode ser ruim para o próprio presidente. Não é bom para nenhum governo ficar medindo forças num momento de fraqueza da economia, ainda mais quando há uma crise sanitária em paralelo", avaliou ao blog um interlocutor do presidente.

Por isso, dentro do governo a avaliação é a de que Bolsonaro deveria aproveitar o momento para centrar suas atenções na discussão e na aprovação de medidas que garantam a retomada da atividade econômica.

"Se ficar no conflito, o risco é a economia afundar ainda mais", disse outro assessor presidencial

Nesta semana, o Ministério da Economia vai lançar medidas para socorrer o setor privado e, principalmente, ajustar ações já anunciadas na área de crédito mas que não tiveram o efeito desejado. Nas últimas duas semanas, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalhou na elaboração dessas medidas.

Segundo assessores de Guedes, as ações devem ser anunciadas nesta semana pelo Banco Central, BNDES e pelo secretário de Competitividade, Carlos da Costa.

Para o ministro, as medidas de crédito precisam funcionar para evitar "quebradeira de empresas" e, principalmente, garantir uma retomada da atividade econômica.

Na avaliação do ministro da Economia, abril pode ter sido o pior mês da crise do coronavírus. Maio já teria sido um pouco melhor, principalmente pelos dados mostrando que a emissão de notas fiscais eletrônicas subiu 12%. A esperança é a de que, em junho, a situação melhore ainda mais.

Mas, se muitas empresas não suportarem essa transição, a recuperação será mais complicada. Daí o esforço a ser feito pelo Ministério da Economia para destravar as medidas na área de crédito.

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