Saúde orienta municípios a fazerem mais testes da Covid-19
Modificado em 18/11/2020, 10:56
Um dos pontos fortes da estratégia de enfrentamento da Covid-19 no Paraná é capacidade ampla para a testagem, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. A medida garantiu, por exemplo, um aprofundamento no trabalho de bloqueio e de acompanhamento dos casos registrados nos municípios. “A nossa vacina hoje é a testagem, é o exame RT-PCR, o teste que identifica que a pessoa está infectada e que deve ficar isolada”, afirma o secretário.
Embora os laboratórios que atuam com testagem no Paraná tenham capacidade instalada para processar mais de 5 mil amostras por dia, a demanda reduziu. “Temos nosso laboratório Lacen, o IBMP que é parceiro, e outros laboratórios que atendem também SUS localizados em outras regiões do Estado. Precisamos que os municípios se organizem e façam a coleta para mais exames RT-PCR para identificação da doença”, ressalta Beto Preto. “Essa busca de casos na ponta, lá no primeiro atendimento é uma das medidas para reduzir o dano da doença”, enfatiza.
O serviço de atenção primária, prestado nas unidades de saúde dos municípios, pode fazer a coleta de amostras para enviar para laboratórios vinculados ao SUS. O gestor público da saúde municipal deve orientar suas equipes para retomar a atenção quanto aos sintomas e também para pessoas que têm histórico de contato com caso confirmado e que estejam assintomáticas.
“Temos capacidade de processamento, precisamos de mais amostras para identificar de forma ágil para tomar decisões que possam reduzir a transmissão do vírus no Paraná”, afirma o secretário Beto Preto.
MEDIDAS – Logo no período inicial da pandemia, a vigilância epidemiológica foi fortificada com o aumento da capacidade de processamento dos testes pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). O Laboratório iniciou a pandemia com a capacidade operacional de 120 testes ao dia, passando para mais de 600, trabalhando 24 horas. Esse foi um dos pontos importantes.
A parceria firmada entre o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), Fundação Oswaldo Cruz e o Estado, por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), fortaleceu ainda mais a política de testagem incentivada pelo Governo.
Outra medida de destaque foi o uso da frota de aeronaves do governo estadual, que permitiu o rápido deslocamento do material coletado nos municípios e processamento dos exames em Curitiba.
O Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Paraná (Rodopar) também auxiliou nesta ação. Diversos exames foram despachados nos ônibus das linhas que atuam em todas as regiões do Estado.
EVOLUÇÃO - Apesar de os protocolos de tratamento terem sido aperfeiçoados durante o período, a doença ainda evolui ao óbito em muitos casos. Neste período, a doença alcançou todos os municípios paranaenses, levando a óbito mais de 5,7 mil pessoas. São mais de 240 mil diagnósticos positivos entre os 11 milhões de moradores do Paraná, de acordo com o monitoramento da Secretaria da Saúde até o dia 17 de novembro.
Segundo o secretário Beto Preto, os números refletem o desafio que os 399 municípios paranaenses têm enfrentado. “Como ainda não há vacina para a Covid-19, todos os cuidados de distanciamento e higienização devem ser redobrados para evitar a transmissão do vírus”, afirma.
PARCERIA - Entre tantas parcerias firmadas no período da pandemia, uma de grande valor foi com o IBMP. A instituição ligada à Fiocruz desenvolve pesquisa e tecnologias para solucionar desafios na área da saúde e já realizou mais de 500 mil testes pelo método RT-PCR para identificar o novo coronarívus.
“É imensurável o valor do IBMP ao Paraná”, afirma o diretor-geral da Secretaria da Saúde, Nestor Werner Junior. “Especialmente na realização de testes para o novo coronavírus, o IBMP teve um peso imenso. Tivemos a segurança de ampliar a testagem com a contrapartida de um resultado fiel, ágil e com processos claros e integrados aos nossos”.