Polícia prende dono e três envolvidos em triplo homicídio em mercado
Modificado em 31/10/2020, 08:56
O dono do mercado em que ocorreu o esfaqueamento e morte de três homens em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, Aguinaldo Cruz Dias confessou na quinta-feira (29) ser o responsável pelo crime. Na sexta-feira (30), a Delegacia de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, identificou e prendeu mais três pessoas envolvidas no triplo homicídio.
No interrogatório, o dono do mercado afirmou que estava desesperado pela cobrança de dívidas e que queria apenas “dar um susto” em Fabrício dos Santos, de 38 anos, mas que a situação teria saído do controle.
No local do crime, Aguinaldo negou ser autor. Durante as investigações, porém, a Polícia Civil realizou a prisão em flagrante, principalmente após ele apresentar versões contraditórias sobre o que teria ocorrido. As vítimas teriam ido ao supermercado para cobrar uma dívida de R$ 18 mil do dono do estabelecimento.
Outras vítimas
O advogado Diogo Cardoso Mendes, que representa a família das outras duas vítimas, Gilberto Rodrigues, 52 anos, e Odair Rodrigues, 53 anos, afirma que nenhum dos dois tinha qualquer envolvimento criminoso.
“Ao que tudo indica, o Fabrício teria manobrado para ir na companhia dos dois irmãos até o mercado. São duas pessoas que estavam lutando para encontrar emprego e não promoviam nada disso, tanto que nenhum deles estava armado”, lembrou.
Envolvidos
Na manhã de sexta-feira (30), a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão e também realizou a prisão de Carlos Eduardo Pereira, que teria agido junto com Aguinaldo Cruz Dias nos esfaqueamentos.
Com informações anônimas, na sequência, a polícia foi até o Jardim Carmem e encontrou os outros dois investigados.
À Banda B, o delegado Fabio Machado explicou que os três descreveram que o objetivo era o de dar um susto nas três vítimas. “Com o Carlos Eduardo foi localizado o celular que foi entregue pelo Aguinaldo para se comunicarem. Ele diz que iria só dar um susto e que presenciou o crime, mas que não esfaqueou a vítima”, explicou o delegado.
Com relação aos outros envolvidos disse. “Os dois confirmam que foram até o local para simular um assalto, mas que também apenas dariam um susto em um agiota que estaria extorquindo Aguinaldo. Eles dizem que abordaram as vítimas, que as levaram até a câmara fria, mas lá teria acontecido a ação de Aguinaldo e Carlos Eduardo”, concluiu Machado.
* Informações do portal Banda B