Paranaenses mais ricos e escolarizados são os que menos respeitam isolamento
Modificado em 24/09/2020, 09:57
De acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (23) pelo IBGE, a parcela da população com maior renda e escolaridade foi a que menos respeitou o isolamento social neste mês de agosto no Paraná.
De acordo com a pesquisa, os dois grupos com maior rendimento domiciliar per capita (quatro salários mínimos ou mais e entre 2 e 4 salários mínimos) foram os que menos aderiram ao isolamento social, com índices de 50% e 46,8%, respectivamente.
Da mesma forma, as duas parcelas da população paranaense com maior índice de escolaridade, ou seja, “ensino médio completo ao superior incompleto” e “superior completo ou pós-graduação”, tiveram índices de isolamento social respectivos de 57,4% e 56,5%. Já entre a população sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto, o isolamento ficou em 79,8%.
Do total da população paranaense, que é de quase 11,5 milhões de pessoas, o índice de isolamento ficou em aproximadamente 60% não estavam respeitando o isolamento social. O índice ficou um ponto percentual acima do registrado no mês anterior.
Quanto à idade, os jovens com até 13 anos e a população idosa, com 60 anos ou mais, apresentava o maior porcentual de pessoas em isolamento (categoria que engloba os grupos “ficou em casa e só saiu por necessidade básica” e “ficou rigorosamente isolado”), com 94,9% e 81,8%, respectivamente. Por outro lado, 63,9% das pessoas com idade entre 30 e 49 anos não estavam isoladas (inclui “reduziu contato mas continuou saindo de casa e/ou recebendo visitas” e “não fez restrição”), índice que é de 52,7% entre as pessoas com idade entre 50 e 59 anos e de 45,2% entre a população na faixa entre 14 e 29 anos.