Nutricionista fala de alimentos que reagem às infecções
Modificado em 06/08/2020, 16:26
A nutricionista Adriana Zadrozny falou no programa Assembleia Entrevista, sobre alimentação saudável e os benefícios de manter um estilo de vida ativo.
Mestre em Fisiologia Humana, Adriana explica quais os alimentos mais indicados para encarar os longos dias em casa durante a pandemia. “Algo que nos tem preocupado é a falta de radiação solar, estamos tomando muito pouco sol. Esta menor síntese de vitamina D em nossos organismos predispõe processos de ordem depressiva que, por sua vez, podem alterar o comportamento alimentar”, exemplifica.
Segundo ela, as pessoas têm buscado mais alimentos processados e industrializados, mais práticos, porém mais ricos em gorduras e açúcar. “Um estudo australiano com crianças obesas, comparando o padrão alimentar de um ano atrás e de agora, mostra que em média elas fazem uma refeição a mais por dia” alerta a nutricionista.
Adriana Zadrozny, afirma que um conjunto de fatores resultam em um quadro imunológico adequado para que o corpo lide com situações como a da pandemia do Coronavírus. Entre os alimentos mais indicados para isto, estão a cúrcuma, a canela, a couve-flor, brócolis, repolho e couve de Bruxelas, ricas em vitamina C e substâncias anti-inflamatórias.
“Mas não se pode depositar nossa confiança somente nisso. Temos uma imunidade indireta, os produtos fermentados criam uma condição intestinal que melhora a absorção de subprodutos da dieta que potencializam o sistema imunológico, é uma cadeia que melhoram a imunidade”, frisa.
Alimentos como kefir e vegetais orgânicos potencializam o crescimento de bactérias intestinais benéficas, com função probiótica. “Os vegetais orgânicos oferecem ao organismo o que eles nutricionalmente podem oferecer”, diz, lembrando que o vegetal não orgânico pode conter produtos tóxicos em sua proteção.
A nutricionista explica ainda que alimentos reduzem a alcalinidade sanguínea. "É algo conhecido por todos, mas pouco aplicado. Temos uma oportunidade muito rara de olharmos com mais atenção nossas geladeiras e nossas escolhas e tentar que algo de bom aconteça do ponto de vista alimentar a partir de agora”, completa.