Consumo residencial de água cresce 11% no Paraná
Modificado em 20/05/2020, 08:34
A pandemia do coronavírus, que tem mantido as pessoas mais tempo em casa e levou à intensificação das ações de limpeza, a estiagem prolongada e as temperaturas mais elevadas provocaram um aumento de 11% no consumo de água residencial no Paraná.
Esses são dados de abril 2020, em comparação com abril de 2019, da leitura feita nas residências dos paranaenses atendidos pela Sanepar.
Em algumas cidades, o índice ultrapassa bastante a média, como Piraquara, onde o aumento do consumo residencial foi de 17,58%, e Fazenda Rio Grande, com 16,48% (todas na região Metropolitana de Curitiba).
Levantamento feito pela Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), divulgado nesta semana, também aponta que nas cidades que mantêm serviços municipais de saneamento o consumo de água aumentou, em média, 24% desde o início da pandemia.
A Assemae informa ainda que, nos três Estados da Região Sul, na média, os reservatórios de água estão com 30% de sua capacidade, o que colocou em situação precária o abastecimento de 450 municípios nos três estados.
No Paraná, com a estiagem severa e a redução drástica da vazão de rios e poços, as situações mais graves no abastecimento são registradas pela Sanepar em Curitiba e Região Metropolitana, onde já foi implantado rodízio no fornecimento de água em meados de março.
Na Região Oeste, também foi adotado rodízio em Medianeira. Palmas, Santo Antonio do Sudoeste, Pranchita, Palmeira, Laranjeiras do Sul e Pitanga passam por avaliação permanente e acionam rodízio em momentos mais urgentes.
No Norte do Estado, em 18 sistemas a vazão de rios e poços caiu em torno de 80%, o que levou a Sanepar a reforçar o abastecimento com caminhões-pipas em cidades do Vale do Ivaí, Vale do Paranapanema e Norte Pioneiro.
A Sanepar mantém um protocolo de gestão de crise que inclui uma série de medidas de reforço da produção, reservação e distribuição de água visando diminuir o impacto da estiagem severa no Paraná. Aceleração de obras que estavam em andamento, execução de obras emergenciais e campanhas de uso racional da água na mídia e nas redes sociais estão entre essas medidas.