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74 pássaros apreendidos em cativeiro são devolvidos à natureza

- Foto: Agência de Notícias do Paraná
Escrito por Agência Estadual de Notícias do Paraná
Publicado em
Modificado em 20/11/2020, 12:49
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Setenta e quatro pássaros apreendidos nesta semana em cativeiros irregulares nos municípios de Pitanga e Laranjal, no Centro do Estado, foram devolvidos ao habitat natural. Ao todo, as apreensões somaram 102 aves. Outras 28 foram encaminhadas para um criadouro de preservação de papagaios e outros pássaros em Toledo, no Oeste.

As aves foram resgatadas por técnicos do Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná. Trata-se de diversas espécies, como sábia, bigodinho, cúrio, azulinho, pintassilgo, papa-capim, canário-da-terra, iraúna, além de trinca-ferro, azulão, melro, pimentão, papagaio baitaca e maritaca-macaranã.

As aves foram apreendidas durante a Operação Voo Livre, desenvolvida por técnicos dos Escritórios Regionais do IAT em Pitanga, Campo Mourão e Umuarama, com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde, de Guarapuava.

“Algumas aves foram soltas no dia em que as encontramos e outras encaminhadas ao nosso Escritório Regional para uma avaliação que constatou que mais de 90% delas estavam aptas a voltar à natureza.”, afirmou o Chefe do Núcleo Regional do IAT em Pitanga, Elmiro Genero.

Na vida livre, os pássaros possuem um papel importante na natureza ao polinizar plantas e dispersar sementes de árvores nativas, por exemplo. “São animais que foram retirados da natureza, então eles podem ficar estressados e se tornar agressivos. Além disso, podem se automutilar, adoecer e até chegar a óbito”, afirma a bióloga do IAT, Herica Rozário.

CUIDADOS – A soltura das aves teve que ser feita em dois dias, devido às chuvas na região. A bióloga explica que esse processo precisa ser cauteloso porque os pássaros podem estar estressados e cansados. “Com o mau tempo, o voo deles pode ser dificultado e isso faz com que não consigam encontrar um local protegido”, destacou.

Antes de soltar as aves na natureza, elas ficaram resguardadas no Escritório Regional do IAT de Pitanga e em uma chácara autorizada pelo órgão ambiental, recebendo os devidos cuidados.

OPERAÇÃO – A Operação Voo Livre foi criada com o objetivo de fiscalizar os criadores amadores cadastrados no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (SisPass), do Ibama.

“A participação dos técnicos de outras regionais foi muito importante para a capacitação da equipe de residentes técnicos que está no Escritório Regional de Pitanga para melhorar os métodos de fiscalização”, disse Genero.

Uma pessoa foi detida por posse ilegal de arma e autuada com multa. Outras 11 também receberam multas emitidas pelo IAT que somam R$ 68,5 mil. A pena pelo crime de manter pássaros em situações irregulares é multa de R$ 500,00 por ave apreendida. 

Caçar, apanhar, manter em cativeiro e comercializar espécies nativas e silvestres sem autorização são considerados crime, previsto na Lei Federal nº 5.197/67.

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