Com dúvida no meio-campo, Tite mantém base contra o Uruguai
Modificado em 16/11/2020, 16:42
A seleção brasileira encerrou nesta segunda-feira (16) a preparação para enfrentar o Uruguai nesta terça-feira (17), às 20h (horário de Brasília), no estádio Centenário, na capital Montevidéu. A partida é válida pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo do Catar 2022. Em entrevista coletiva, o técnico Tite afirmou que mandará a campo praticamente o mesmo time que bateu a Venezuela por 1 a 0 na última sexta (13), no Morumbi, em São Paulo.
A dúvida está no meio. Segundo o treinador, o volante Allan "teve um problema clínico". O substituto - se o jogador do Everton (Inglaterra) não puder atuar - será Arthur.
"Definiremos a situação amanhã [terça], mas já fizemos os trabalhos com os atletas também. O Arthur trabalhou nesses dias com a possibilidade real [de jogar]. Não estamos esperando para definir ou para organizar", disse Tite, em entrevista coletiva transmitida pela CBF TV.
Não faltaram problemas para Tite montar a equipe dos jogos contra Venezuela e Uruguai. Desde a divulgação da lista de convocados, oito atletas tiveram de ser cortados, seja por lesão ou infecção pelo novo coronavírus (covid-19). O atacante Pedro - que reclamou de um desconforto muscular após a vitória de sexta (13) - é a baixa mais recente. O meia-atancate Thiago Galhardo, do Internacional, foi chamado no lugar.
Já o lateral Alex Telles, que havia testado positivo para a covid-19, foi examinado novamente no domingo (15), com o resultado negativo divulgado nesta segunda. Apesar de estar assintomático e de ter saído da fase de transmissão do vírus, ele só poderia viajar ao Uruguai se o último teste não constatasse a presença do vírus, devido às normas sanitárias para entrada no país vizinho. Por garantia, Tite convocou o lateral Guilherme Arana, do Atlético Mineiro.
O Brasil deve ir a campo com: Ederson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Douglas Luiz e Allan (Arthur); Everton Ribeiro, Roberto Firmino, Richarlison e Gabriel Jesus.
Último treino
A última atividade antes do jogo com o Uruguai ocorreu no centro de treinamentos do São Paulo, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. Segundo o protocolo da Confederação Sul Americana de Futebol (Conmebol), os trabalhos não podem ser acompanhados in loco pelos jornalistas. Os primeiros 20 minutos do treino desta segunda-feira (aquecimento) foram exibidos pela CBF TV. Como é de praxe, os exercícios de bola parada não foram mostrados.
O Brasil lidera as eliminatórias com três vitórias em três jogos, contra Bolívia, Peru e Venezuela. O Uruguai, adversário desta terça, sofreu uma derrota e ganhou duas vezes. Também na sexta passada, a Celeste atropelou a Colômbia fora de casa por 3 a 0. A expectativa de Tite e da comissão técnica é de uma partida complicada diante do rival, de quem a Seleção não perde desde 2001.
"O jogo terá características diferentes. Jogar contra a Venezuela, em casa, tem uma proposta do adversário. O Uruguai jogando dentro da sua casa traz outra proposta. Seremos mais exigidos na defesa do que fomos pela Venezuela. Paralelamente a isso, teremos mais espaços para as criações ofensivas. É um jogo que se caracteriza com estratégias, formas e ideias de futebol diferente, de uma partida para outra", analisou o técnico da seleção brasileira.
O auxiliar Cléber Xavier corroborou com a avaliação de Tite. "O Uruguai não vinha de um jogo bom contra o Equador [derrota por 4 a 2] e fez contra a Colômbia um início surpreendente, com marcação muito alta, muito forte. [o atacante Edinson] Cavani sendo o gatilho dessa pressão alta. No segundo tempo, uma marcação com três homens por dentro, entrou de novo no jogo, fez o segundo gol. A característica do Uruguai mantida sempre. É um adversário dos mais difíceis que a gente tem".