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Implantação de sistema híbrido para irrigação é um marco para o agronegócio

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Escrito por Da Redação
Publicado em
Modificado em 14/10/2020, 17:12
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O primeiro sistema híbrido para irrigação que usa energia solar em uma propriedade rural em Cristalina (GO) funciona desde maio no Brasil.

O projeto, pioneiro no país e no mundo, funciona por meio de uma micro rede autônoma e estável, sem necessidade de complementação da rede elétrica. A estrutura foi integrada às instalações do sistema de irrigação existente. O abastecimento é feito por um sistema fotovoltaico de 773 kWp, com 700 kVA de inversores, 750 kVA de gerador diesel e um banco de baterias de 300 kWh de autonomia.

A estimativa é de que o cliente tenha o retorno do investimento em 6 anos. E ainda há previsão de aumentar a produtividade, dobrando a quantidade de safras por ano, de sacas por hectare e reduzindo o custo de produção por safra.

Neste contexto, o Plano Safra 2020-2021 reservou cerca de R$ 2 bilhões para projetos de inovação no campo. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar), é 33,3% a mais do que o plano anterior. É um incentivo para que as empresas invistam em alternativas que respondam ao interesse dos produtores e agricultores em aproveitar fontes renováveis de energia, conforme o potencial das propriedades.

O que é o sistema híbrido

É um sistema que usa mais de uma fonte para geração de energia elétrica e abastecimento e cumprimento das necessidades. Os mais comuns se utilizam da água, de painéis solares ou a geração eólica.

Por meio deles, se obtém economia e eficiência, visto que uma fonte completa a outra em eventuais falhas ou quando não há a capacidade de produção de energia.

Para instalar, são necessários:

● Equipamentos que fazem a conversão de energias renováveis (como

módulos fotovoltaicos, turbinas hidráulicas, aero geradores);

● Maquinário de tecnologia de fontes não renováveis (tecnologia de

conversão de energias renováveis);

● um banco de baterias para ser o subsistema de armazenamento de

energia elétrica;

● inversores de tensão, retificadores e controladores de carga, que formam

o sistema de condicionamento de potência;

● geradores de energia;

● cabeamento e dispositivos de proteção e manobras, ligados a dois

barramentos, um de corrente contínua e o outro para corrente alternada

para o atendimento das cargas.

Como funciona

Primeiro ponto é contar com o apoio de empresas especializadas. Os profissionais vão avaliar os recursos renováveis disponíveis na propriedade: água, biomassa, sol ou vento.

Em seguida, vão definir o sistema mais adequado para captar e gerar energia a partir deles. Então, junto com as fontes não renováveis, estabelecem um subsistema de armazenamento e de ajuste de potência.

Os sistemas híbridos podem estar conectados ou não à rede pública, chamados isolados. Em ambos, geradores são equipamentos com um papel fundamental para o correto funcionamento.

No sistema isolado, a energia gerada pelas fontes renováveis é acumulada em baterias. O gerador entra em ação quando o nível da carga acumulada estiver baixo para mantê-las carregadas.

No sistema conectado, a energia gerada pelos painéis solares ou sistemas eólicos é mantida em paralelo à geração principal, que costuma vir de uma concessionária de energia. Os geradores atuam no caso de falha ou interrupção da energia principal para segurar o fornecimento até a sincronização com a fonte híbrida.

Vantagens do sistema híbrido

A instalação de captadores e geradores permite que os recursos existentes no local contribuam para aumentar a potência ou abastecer propriedades que não estão ligadas às concessionárias.

Quem opta por um sistema isolado, vai priorizar o que combine qualidade e o menor custo de instalação. Com os painéis solares, por exemplo, é possível carregar as baterias e manter o sistema energizado por um valor mais econômico que a infraestrutura demandada por uma antena de energia, especialmente em locais remotos.

No caso de sistemas conectados, não existem baterias e a energia gerada pela fonte renovável contribui para a redução do consumo. E a legislação em vigor permite a venda da energia excedente gerada para a concessionária, o que se converte em créditos – e economia – para o cliente.

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