Alunos voltam às aulas em Londres com álcool em gel e apoio emocional
Modificado em 03/09/2020, 14:36
Os alunos do ensino primário que estão voltando à Academia Harris de Londres nesta quinta-feira (3) se sentarão em filas, lavarão as mãos com frequência e terão amparo de professores que foram treinados para dar apoio emocional após o isolamento.
As crianças começaram a voltar às escolas nesta semana, e para muitas é a primeira vez que voltam a ter aulas em tempo integral desde que a disseminação da covid-19 forçou o fechamento das classes em março.
Para evitar aglomerações, as escolas estão escalonando os intervalos, mantendo os alunos em grupos menores, controlando quando percorrem áreas comunais e exigindo o fornecimento de garrafas de água e estojos de lápis para evitar o compartilhamento.
Sam French, diretora da Academia Harris, disse que os funcionários ficaram contentes de voltar e que, embora existam muitos desafios, querem que a escola pareça tão normal quanto antes.
“Fizemos nosso melhor para manter [os desafios] em nosso nível, então, quando as crianças voltaram hoje, tanto quanto possível estavam voltando à escola que deixaram em março”, disse ela à Reuters ao som dos alunos ao fundo.
As crianças foram recebidas por um professor que distribuiu álcool em gel quando chegaram e se depararam com um arco de balões nesta quinta-feira.
Embora as escolas tenham mantido contato com os alunos durante o isolamento e proporcionado atividades frequentes, agora os professores terão que usar o primeiro período para avaliar quantas crianças estão defasadas e quantas se adiantaram no aprendizado.
“Estas primeiras semanas iniciais são só para descobrir onde estão as lacunas, descobrir quais são os pontos fortes e depois avançar para que até o meio período de outubro tenhamos todos voltado para onde precisamos estar e possamos continuar com o ano”, disse French.
O governo do primeiro-ministro, Boris Johnson, está sendo pressionado para fazer com que as escolas permaneçam abertas depois do longo intervalo e na esteira de um fiasco a respeito dos resultados estimados de provas que afetaram a ida de alguns estudantes para a universidade neste ano.