Aliança Global aposta em informação e experiências para atletas
Modificado em 02/07/2020, 17:53
Atuar fora da caixa, este é o objetivo de Kelly Muller, fundadora da Aliança Global, projeto recém-lançado como Olympic Global Alliance e que acaba de mudar para Organization Global Alliance (OGA) a pedido do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Olímpico Internacional (COI) por causa de questões de direito ligados ao nome olímpico. Aos 39 anos, e com 27 dedicados ao basquete, a ex-jogadora viveu em nove diferentes países. A partir da experiência internacional e das conexões realizadas pelo mundo, ela defende políticas públicas para o setor e afirma que o atleta precisa ser politizado para gerenciar a própria carreira.
“Saí de São Paulo aos 13 e fui morar em Sorocaba para jogar basquete. O esporte me levou a muitos lugares (Colômbia, Equador, Itália, Letônia, etc). Mas falta profissionalismo. Minha modalidade, por exemplo, só tem este prestígio nos Estados Unidos e na França. Em Cuba e na Turquia também há uma valorização maior aos esportistas dentro da sociedade”, diz a ex-jogadora.
A veterana afirma que ainda tem proposta para continuar a jogar, mas está concentrada na OGA em busca de visibilidade e mais elos para uma corrente que tem o objetivo de massificar o esporte na cultura brasileira. “Ele é uma indústria e não pode ser esquecido. Hoje, no Brasil, lembram apenas do futebol. Não acredito em lideranças isoladas e temos diferentes núcleos pensando em diferentes áreas. Nossas redes sociais já estão aí e o nosso site, que está em construção, vai ter uma aba para que as pessoas possam se associar conosco”, declara.
Sobre o início da OGA, lançada no Dia Olímpico (23 de junho), Kelly elenca reuniões longas, com pautas abertas e troca de ideias. “São vários barquinhos que já estão no mar”, explica, destacando que vão elaborar um plano educacional para os atletas e trazer muita informação para o meio como metas iniciais.
Na próxima sexta (3), pelos perfis da OGA no Instagram e no Twitter, a partir das 16h, será discutido o racismo estrutural com Sandro Viana (ex-velocista e medalha de bronze dos Jogos de 2008, em Pequim), Mafoane Odara (gerente de combate às violências contra as Mulheres do Instituto Avon) e Iziane Marques (jogadora de basquete e membro da Comissão de Atletas do COB). Outra live também está programada para a próxima terça (7) com o velejador Lars Grael e Fabiola Molina sobre trajetória e política.