Romeu Zema conhece projeto para fabricação de respiradores em Minas Gerais
Modificado em 20/04/2020, 06:34
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema visitou na semana passada, em Belo Horizonte, a empresa de soluções tecnológicas Tacom. Zema conheceu o projeto social “Inspirar”, que tem objetivo de fabricar respiradores para o tratamento da Covid-19.
Atualmente, o equipamento passa por um refinamento do software e por simulações para, posteriormente, ser homologado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser produzido em escala.O diretor de Marketing e Mercado da Tacom, Marco Antônio Tonussi, explicou que o desenvolvimento do ventilador contou com mão de obra multidisciplinar: médicos intensivistas, engenheiros, programadores e desenvolvedores. “Recebemos o corpo clínico de um hospital de Belo Horizonte que afirmou que o equipamento é de fácil manuseio e de classe mundial”, disse.
De acordo com o governador Romeu Zema, em um momento em que há uma demanda em todo o mundo pelo equipamento, Minas Gerais pode sair na frente mais uma vez. “É muito bom saber que Minas tem condições de produzir com um custo que representa uma fração do respirador importado. Tive a oportunidade de conhecer como o ventilador funciona, justamente diante de um cenário em que todos os estados demandarão uma grande quantidade do produto”, ressaltou.
Barreira
A viabilidade da fabricação esbarra no processo de homologação e regulação pela Anvisa, processo que pode levar de seis meses a 12 meses. Para tentar destravar o imbróglio, a Tacom conta com o apoio jurídico e técnico da Federação das Indústrias das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).O presidente da entidade, Flávio Roscoe, explicou que cerca de dez projetos chegaram à Fiemg e a iniciativa da Tacom era a mais viável.
“Foi justamente em função disso que nos envolvemos no projeto. Além do apoio de ordens técnicas, estamos integrando outras empresas para fazerem parte do programa”, disse.Para o governador, essa barreira do prazo para a homologação e regulação pode se tornar uma grande preocupação. “O tempo de autorização da Anvisa pode inviabilizar o projeto. Se formos esperar até 12 meses corre-se o risco da pandemia ter passado e deixado marcas na nossa sociedade”, comentou.