Defesa de Manvailer diz que acusação insiste em tese “impossível” e que inocência será provada no júri
Modificado em 31/01/2020, 15:38
Um dia após a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) afastar duas qualificadoras, a defesa de Luis Felipe Manvailer afirmou nesta sexta-feira (31) que a inocência dele será provada em júri popular. Manvailer é acusado pela morte da advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná.
De acordo com o advogado Adriano Bretas, a derrubada das qualificadoras mostra que a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) foi precipitada. “A denúncia foi feita de forma prematura, a toque de caixa, tanto que necessitou de um aditamento, que nada mais é que um remendo. Isso fica ainda mais claro agora, com o afastamento das duas qualificadoras, mostrando assim que o caso tem dúvidas instransponíveis. Dúvidas estas, que estão levando o caso para júri popular”, disse.
Tatiane morreu após cair do 4º andar do prédio em que morava com Manvailer, no Centro de Guarapuava. O crime aconteceu na madrugada de 22 de julho de 2018. Imagens de câmeras de segurança mostram uma série de agressões de Manvailer contra a advogada antes da queda. A defesa, porém, sustenta que a jovem de 29 anos se jogou.
Em entrevista coletiva, Bretas afirmou que é “cientificamente impossível” Luis Felipe ter matado Tatiane da forma com que a acusação tenta provar. “É uma hipótese acusatória impossível e temos como mostrar, já que fizemos toda uma análise técnica bastante profunda”, afirmou.
As qualificadoras que foram afastadas pelo TJ-PR são o motivo fútil e o recurso que dificultou a defesa da vítima. O MP-PR ainda pode recorrer da decisão em tribunais superiores.
Acusação
Para a acusação, Tatiane morreu após cair do 4º andar do prédio em que morava com Manvailer, no Centro de Guarapuava. Luis Felipe passou a agredir a vítima após uma discussão quando retornavam de uma casa noturna, tendo, ao final das discussões, lançado-a da sacada do apartamento onde residiam, no 4º andar. Consta da denúncia que, durante as agressões, o acusado “produziu lesões compatíveis com esganadura (…) praticando tal delito mediante asfixia”.
Imagens de câmeras de segurança mostram uma série de agressões no estacionamento e no elevador do prédio em que moravam.
Para Bretas, porém, os vídeos não podem ser suficientes para a condenação. “A ciência está jogando luz sobre o caso e vamos comprovar isso no plenário do júri”, concluiu.
(Banda B)