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Presa em Tremembé, Elize Matsunaga planeja confecção para vender roupas para pets

Elize Matsunaga deixou presídio pela 1ª vez em 'saidinha' do Dia das Crianças, quando abriu empresa — Foto: Poliana Casemiro/ G1
Elize Matsunaga deixou presídio pela 1ª vez em 'saidinha' do Dia das Crianças, quando abriu empresa — Foto: Poliana Casemiro/ G1 - Foto:
Escrito por G1
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Modificado em 20/12/2019, 13:13
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A detenta Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, planeja a abertura de uma confecção para vender roupas para pets. A presa abriu a empresa há dois meses, com cadastro como Microempreendedor Individual (MEI), e agora deve usar saída temporária de fim de ano para abrir conta em banco e visitar contador.

A saída temporária no sistema prisional de Tremembé começa na próxima segunda-feira (23) e os detentos voltam à prisão até o dia 2 de janeiro. Elize cumpre pena na Penitenciária Feminina 1 e pediu à Justiça autorização para ficar em um endereço em São Paulo para resolver pendências do negócio. Além disso, ela também deve visitar parentes em Pato Branco, no Paraná. O pedido foi aceito.

Elize está presa desde 2012 pela morte do marido Marcos Matsunaga e foi condenada a 16 anos de cadeia. Em agosto desse ano, ela conseguiu o benefício do regime semiaberto, que permite as saídas temporárias. Desde o benefício, ela tem usado o tempo fora da prisão para dar andamento nos planos de empreender.

O cadastro de Microempreendedor Individual foi aberto por ela no dia 13 de outubro, quando estava em saída temporária de Dia das Crianças. A empresa está registrada em uma sala comercial na Cerqueira César, em São Paulo, onde funciona o escritório de seus advogados. O capital social registrado da empresa é de R$ 1 mil.

Segundo a advogada de defesa de Elize, Juliana Santoro, o Ateliê de Elize vai produzir as roupas e vender em um espaço físico e pela internet. A defesa dela afirmou que todo o capital para investimento na empresa será feito com economias que Elize tinha antes de ser presa, além do dinheiro que economizou com os trabalhos na confecção na prisão. Cada interno recebe salário de R$ 748 pelo trabalho na confecção.

Apesar da regularização, Elize não pode trabalhar com sua marca enquanto estiver presa. A iniciativa é para que comece os trabalhos assim que deixar a prisão. Em documentos consultados pelo G1 no processo de Matsunaga, a previsão é de que ela possa ter acesso ao benefício do regime aberto em 2021. Apesar disso, é preciso que ela solicite à Justiça e tenha o pedido aprovado. A defesa dela informou que ainda não pediu o benefício.

“A saída temporária é um benefício para a ressocialização e é isso que ela quer. A cada saída, ela dá um passo para construir uma vida aqui fora. A ideia é que quando ela saia, tenha tudo que precisa para trabalhar e levar uma vida normal”, diz Juliana Santoro.

Com informações G1

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