Servidores públicos decidem acampar na Alep em protesto contra a Reforma da Previdência
Modificado em 03/12/2019, 19:38
Servidores da rede estadual de ensino decidiram manter a ocupação nesta terça-feira (3) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e irão passar a noite no local.Os funcionários públicos ficaram reunidos em frente à Casa durante desde a manhã em protesto contra Reforma Estadual da Previdência.
Ainda durante a tarde, os manifestantes se reuniram no local e decidiram passar a noite acampados dentro do prédio. Presidente da APP-Sindicato, que é a maior entidade trabalhista do Paraná, Hermes Leão afirmou que o motivo do protesto foi a “total” ausência do governador Ratinho Junior nas discussões. “Ao mesmo tempo que eles se recusam a conversar, os deputados descaradamente aprovam regime de urgência. É uma violência com a democracia e precisamos responder com muita luta” , afirmou.
Durante a manifestação, o clima ficou bastante tenso nas dependências da Alep. O Batalhão de Choque da PM chegou a fechar um dos acessos ao plenário para evitar que os servidores chegassem à mesa diretora. Spray de pimenta chegou a ser utilizado para dispersar os manifestantes.
SESSÃO ENCERRADA
A sessão ordinária desta terça-feira na Alep foi encerrada após manifestantes ocuparem Plenário contra a proposta do Poder Executivo que trata da reforma da previdência dos servidores públicos estaduais. O assunto é tratado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 16/2019, e através de dois projetos de lei: PLs 855 e 856, ambos de 2019. Na ordem do dia estava prevista a apreciação de 25 itens. No entanto, nenhuma das propostas que tratam da reforma estava na pauta de votações, uma vez que as matérias ainda tramitam no Poder Legislativo e aguardam parecer das comissões pertinentes.
Com as galerias do Plenário lotadas, o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB) abriu a sessão e durante as leituras da ata da sessão anterior e do expediente legislativo, iniciaram os protestos dentro das galerias. Logo após a abertura da sessão, os manifestantes que estavam do lado de fora da Assembleia, derrubaram grades, conseguiram furar o bloqueio policial e invadiram as galerias e as rampas de acesso ao Plenário.