Incêndio em trem após uso de forno a gás mata ao menos 71 pessoas no Paquistão
Modificado em 31/10/2019, 09:52
Um incêndio em um trem matou ao menos 71 pessoas e feriu 43 nesta quinta-feira, 31, na Província de Punjab, no Paquistão, informaram as autoridades locais, que detalharam que a composição estava em movimento nomomento em que as chamas se espalharam pelos vagões.
De acordo com o ministro de Ferrovias do país, Sheikh Rashid Ahmad, o incêndio teria sido provocado por um forno a gás, utilizado por passageiros do trem para cozinhar durante a viagem. O uso do artefato, de acordo com o ministro, infringe as normas do trem.
O fogo destruiu três vagões da composição perto da cidade de Rahim Yar Khan, no sul de Punjab. Dentre os feridos, 11 estão em estado grave. O Exército paquistanês está auxiliando nos trabalhos de resgate.
“Dois fornos a gás, utilizados para cozinhar, explodiram. Eles estavam cozinhando e usaram óleo, o que adicionou combustível ao fogo”, disse o ministro. “A maioria das mortes foi de pessoas que saltaram do trem.”
Momentos de pânico
Sobreviventes relataram cenas de pânico, com passageiros gritando e pulando das janelas para sair do trem.
“Podíamos ouvir pessoas chorando e gritando por ajuda”, contou Chaudhry Shujaat, que embarcou com a mulher e duas crianças. “Pensei que fosse morrer. O vagão detrás estava em chamas. Sentimos que estávamos perdidos.”
De acordo com os sobreviventes, levou 20 minutos do momento em que o fogo começou e eles gritaram por ajuda até o trem parar. Alguns puxaram as cordas de emergência para tentar notificar o condutor.
Reações
O presidente do Paquistão, Arif Alvi, e o primeiro-ministro, Imran Khan, emitiram comunicados expressando pesar com a tragédia. O premiê enviou no Twitter condolências às famílias das vítimas e disse que pede em suas orações uma rápida recuperação dos feridos. Ele também pediu uma investigação urgente sobre o incidente.
O uso de fornos em trens é um problema recorrente no Paquistão. Passageiros costumam levá-los durante viagens longas para preparar refeições, mesmo sendo contra as normas vigentes. / AFP, REUTERS e AP