Bolsonaro acusa professores de usar estudantes para desestabilizar governo
Modificado em 31/05/2019, 08:51
O Presidente Jair Bolsonaro (PSL) em entrevista ao programa The Noite, de Danilo Gentilli, transmitida na madrugada desta sexta-feira (31), voltou a chamar os estudantes de “inocentes úteis”, e acusou os professores de tentarem “desestabilizar o governo”.
“O certo é falar inocentes úteis. A grade maioria da garotada presente não sabia o que estava fazendo ali, diferente dessa última manifestação pedindo agilidade ao Parlamento. Uma minoria de professores espertalhões usa a garotada em causa própria tentando sempre destabilizar o governo”, disse ao apresentador do SBT.
A entrevista foi gravada no início da semana, logo após os atos favoráveis a pautas do Planalto, como a reforma da Previdência e o pacote anticrime, e antes das manifestações desta quinta-feira (30) contra o bloqueio de verbas na Educação.
Bolsonaro disse ainda que as confusões de seus ministros na pasta da Educação se dão porque o ministério é o “mais aparelhado de todos”. “Tem um busto do Paulo Freire lá embaixo. E o Paulo Freire não deu certo. Se tivesse dado certo, as provas do Pisa estariam mostrando o contrário agora”.
Segundo Bolsonaro, “esse aparelhamento é porque a esquerda tomou lá atrás as universidades e depois tomou o ensino médio e o ensino fundamental também”.
Ao contrário dos atos dos estudantes, Bolsonaro classificou as manifestações do dia 26 como “espontânea”.
“Foi uma manifestação espontânea, uma pauta definida que deu sinal de alerta a todos os políticos do Brasil. Não aceitamos mais só participar das eleições e achar que isso é democracia. Democracia (é) a classe politica estar perfeitamente afinada com os anseios da população”, disse.
Facada
Bolsonaro voltou a falar do atentado durante a campanha e, novamente, levantou suspeitas de que Adélio Bispo dos Santos, autor da facada, não agiu sozinho, mesmo com todas as investigações dizendo o contrário.
Eu tenho convicção do que aconteceu, tendo em vista alguém tentar entrar na Câmara, em Brasília, com o nome dele. Quatro advogados se apresentaram imediatamente ao episódio, inclusive um indo de avião para lá. Aquele elemento havia sido filiado ao PSol até 2014. Na pensão onde ele ficou duas pessoas já morreram. Ele frequentou um clube de tiro com o Eduardo, meu filho. Um monte de coincidência. E perante a opinião pública eu era um risco alto em me eleger”, disse.
Colaboração, revistaforum.com.br