Massacre em aldeia no Mali deixa mais de 130 mortos
Modificado em 25/03/2019, 08:44
Mais de 130 pessoas foram mortas em um ataque a uma vila no centro de Mali em meio a uma onda crescente de violência étnica e islâmica no país do Oeste da África.
Cerca de 30 homens armados invadiram a vila de Ogossogou, da etnia fulani, a 20 quilômetros da cidade de Bankass. De acordo com a imprensa local, os terroristas dispararam "em tudo o que se movia", incluindo idosos, crianças e mulheres grávidas. O vilarejo foi completamente destruído.
O ataque ocorreu há dois dias, e as tensões aumentaram desde que o governo começou a combater extremistas em seus territórios desérticos. Além dos mais de 130 mortos, dezenas de pessoas ficaram feridas.
O prefeito da cidade vizinha de Bankass, Moulaye Guindo, responsabilizou pelo ataque um grupo de caçadores de Dogon que convive com os Fulani em clima de permanente tensão.
O ataque ocorreu quando uma delegação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) visitava a região do Sahel, na África Ocidental, para avaliar a ameaça jihadista.
Apesar de os jihadistas terem sido expulsos por uma operação militar liderada pela França em janeiro de 2013, os atuais esforços das forças de paz da ONU e a criação de uma força militar de cinco nações, a violência extremista na região permanece.
O Mali está localizado na África Ocidental, tem cerca de 17,9 milhões de habitantes e uma população basicamente muçulmana (90%), apenas 5% são cristãos e o restante, de diversas religiões. O idioma oficial é francês, mas há outras línguas faladas no país.
Em sua audiência geral no domingo (24), o papa Francisco pediu orações pelas vítimas do "atentado desumano" no Mali.