Polícia localiza corpos de casal assassinado em ‘tribunal do crime’ do PCC
Modificado em 28/09/2018, 12:11
Os corpos de Marciliano Emiliano e Thais Ferreira dos Santos, executados por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), foram encontrados pela polícia na noite desta quinta-feira (27) no bairro Caximba, em Curitiba. O casal foi executado na noite de quarta-feira (26) após passarem por uma espécie de ‘tribunal do crime’ onde foram condenados à morte.
A polícia chegou até o local depois que moradores da região informaram que encontram uma pá em um matagal de difícil acesso. As vítimas estavam enterradas em duas covas rasas próximos a ferramenta usada para sepultá-los. “A menina estava com uma corda no pescoço e um tiro na região da cabeça, já o rapaz morto com diversos tiros e também com as pernas amarradas”, contou a delegada Camila Cecconelo, da Divisão Estadual de Narcótico (DENARC).
De acordo com o as investigações da DENARC, ambos foram mantidos em cárcere privado por mais de 24h em Araucária, na região metropolitana da capital. De lá, ambos foram levados até o matagal onde foram executados. Os criminosos queriam informações sobre o assassinato de outro membro do PCC.
Cativeiro e tortura
“Nesse cativeiro, eles mantiveram eles sob tortura com o objetivo de fazer com que eles confessassem o homicídio de um integrante do PCC. Como eles não conseguiram, eles acabaram assassinando essas duas pessoas e depois colocando esses corpos aí nessa região de matagal”, completou a delegada.
Autores da execução do casal
Os três autores do crime foram presos durante a manhã de quinta pela Divisão Estadual de Narcótico (Denarc). Misael Natã Ribeiro da Silva, de 24 anos, Anderson Diego Santana, de 32 anos, e Naikon Martins Carvalho, de 32 anos, e um adolescente foram surpreendidos enquanto dormiam na residência em em Pinhais, na Região Metropolitana da capital.
Suspeitos presos pela execução do casal. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Com eles, foram apreendidas três pistolas, um revólver, uma submetralhadora e dois veículos roubados. Dentro de um dos automóveis havia muito sangue, cordas que foram usadas para amarrar as vítimas e um plástico com sangue. Na casa também foi encontrada uma aliança do casal assassinado. Todos leses confessaram que integram o PCC e permanecem à disposição da Justiça.
Com informações da Ric Mais/Curitiba