Líder diz que caminhoneiros querem voltar ao trabalho, mas 'intervencionistas' ainda mantêm 30% da categoria parada
Modificado em 28/05/2018, 21:21
O presidente da Associação Brasileira do Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, afirmou nesta segunda-feira (28) em Brasília que, depois de terem as reivindicações atendidas pelo governo, os caminhoneiros querem voltar ao trabalho, mas estão sendo impedidos por "intervencionistas" que, segundo ele, "querem derrubar o governo". A greve dos caminhoneiros entrou nesta segunda-feira no oitavo dia e provoca desabastecimento de combustível nos postos e escassez de gêneros alimentícios por todo o Brasil.
"Não é o caminhoneiro mais que está fazendo greve. Tem um grupo muito forte de intervencionistas aí e eu vi isso aqui em Brasília, e eles estão prendendo caminhão em tudo que é lugar", declarou. "São pessoas que querem derrubar o governo. Não tenho nada a ver com essas pessoas nem os nossos caminhoneiros autônomos têm. Mas estão sendo usados para isso.", afirmou.
Questionado sobre quem são os "intervencionistas", ele afirmou que "na hora certa" os nomes serão divulgados. Lopes disse que, primeiro, informará ao governo.
Lopes estima em pouco menos de um terço dos caminhoneiros que ainda resistem a suspender a greve. "Faltam uns 30% [de caminhoneiros para desmobilizar], mais ou menos. Eu acho que até amanhã já está bem encaminhado para voltar à realidade."
Com informações do G1