Juiz manda exumar corpo de bebê que morreu após ser atendido na UPA de Arapongas
Modificado em 05/06/2018, 11:16
O juiz Luciano Souza Gomes, da 1ª Vara Cível da Comarca de Arapongas, concedeu liminar ontem em ação para medida cautelar de produção antecipada de provas e determinou que seja exumado corpo de um bebê de oito meses que morreu após receber atendimento médico na UPA de Arapongas. A informação foi repassada pelo advogado Oduvaldo Calixto. A morte do bebê também motivou a abertura de uma comissão de investigação pela prefeitura.
A Secretaria Municipal de Saúde publicou nota sobre o assunto explicando a situação. De acordo com a nota, a criança, uma menina, deu entrada na UPA às 2h13 da madrugada do dia 20 de maio. Ela estava acompanhada da mãe e apresentava quadro clínico de de vômitos e diarreia, que teriam iniciado aproximadamente às 19 horas do dia anterior.
Segundo a nota, “ao exame físico não se apresentavam sinais de alarme que demonstrassem a necessidade de internação ou investigação hospitalar. [A menina] Foi medicada para os sintomas relatados conforme protocolo clínico preconizado e mantida em observação por cerca de 45 minutos para avaliação”.
A nota segue. “Após constatado segurança quanto ao quadro clínico no ambiente de Pronto Atendimento, a paciente foi reavaliada e liberada para tratamento domiciliar”. A mãe teria recebido orientações do corpo clínico da UPA. O texto da Secretaria de Saúde informa ainda que Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado às 8h45 para o atendimento da criança com quadro de parada cardiorrespiratória (PCR). A equipe do Samu realizou manobras de reanimação da criança, mas não obteve êxito.O caso motivou um requerimento, aprovado por unanimidade, dos vereadores Angélica Ferreira (PSC) e Fernando Henrique de Oliveira (PSDB) na última sessão da Câmara. Eles solicitaram explicações à prefeitura sobre a morte da criança.
Decreto
O caso chegou a ser discutido na Câmara dos Vereadores. O prefeito Sérgio Onofre (PSC) assinou decreto na terça-feira (22) para que a comissão inicie os trabalhos. “Montamos esta comissão para averiguar a situação. Queremos saber tudo o que aconteceu. O decreto foi assinado e a comissão já iniciou as primeiras reuniões”, reiterou Onofre. O grupo é formado junto à Comissão de Ética Médica da própria Prefeitura e ao Comitê de Investigação de Mortalidade Materna e Infantil.