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Incêndios ambientais batem recorde em setembro na região

- Foto: Arquivo TN
Escrito por Aline Andrade
Publicado em
Modificado em 02/10/2020, 09:03
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O mês de setembro foi o pior mês de queimadas na região, de acordo com dados do 11º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Apucarana. A corporação atendeu a 131 chamadas relativas a incêndios em vegetação nos 20 municípios de abrangência, uma média de 4 ocorrências por dia. Somente em Apucarana, foram 63 casos. O número é 173% maior que em agosto, quando foram registradas 48 ocorrências do tipo. Em um comparativo com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 71 ocorrências, o aumento é de 84,5%.

Para o subtenente Jorge Luiz Schmuker, as mudanças climáticas podem ter contribuído para o aumento das queimadas. “Sabemos que o mês de agosto e setembro são naturalmente meses mais secos, onde atendemos muitas ocorrências deste tipo, mas este ano, com as mudanças climáticas, estamos tendo dias mais quentes e mais secos, com um longo período de estiagem, tudo isso contribui bastante para o aumento destas queimadas”, considerou.

No total, de janeiro até setembro, foram registradas 428 ocorrências de fogo em vegetação na região, mas o subtenente revela que o número pode ser ainda maior. “Este total é dos casos que atendemos, que entram no sistema, mas se considerarmos casos em que os bombeiros não chegaram a combater as chamas, porque o incêndio foi controlado antes da chegada da guarnição, os registros são ainda mais altos”, explicou.

O bombeiro afirma que, a maioria dos casos acontece em terrenos baldios, quando os proprietários ou vizinhos decidem atear fogo para realizar limpeza. A prática em locais de cultura agrícola também é comum na região. “Com o forte calor registrado nas últimas semanas pode acontecer situações onde o fogo acende espontaneamente, mas isso é muito raro. Na maioria das vezes, os incêndios são provocados pela ação humana, por aquelas pessoas que querem se livrar do lixo, limpar o terreno e até mesmo após as colheitas em áreas de plantio. Isso além de perigoso também é ilegal”, alertou.

A principal preocupação com este tipo de ocorrências, segundo o subtenente, é em relação as consequências para o trabalho dos bombeiros, que podem acabar prejudicados pelas ocorrências seguidas de queimadas. “ Além de estarmos com um efetivo reduzido por causa da pandemia, o fato de ficarmos seguidamente em atendimentos a este tipo de ocorrência pode atrasar nossa chegada em outras chamadas de emergência, como incêndios em residências e até acidentes de trânsito, por isso, pedimos a colaboração da população para evitar iniciar fogo em terrenos ou descartar pontas de cigarro as margens de rodovias ou próximo de vegetações.

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