Associação de Apucarana repudia decreto do governo federal que cria escolas especiais
Modificado em 06/10/2020, 13:16
“Governo, você está me vendo? Porque eu estou vendo o que vocês estão fazendo com a gente”. É assim que começa o vídeo protesto gravado pela estudante de Publicidade e Propaganda, Luiza Acosta, 18 anos, de Apucarana, que repudia o decreto do governo federal que cria escolas especiais. Ela faz parte da DownLoAd, associação de apoio à Síndrome de Down, de Apucarana.
O presidente Jair Bolsonaro assinou no dia 30 de setembro um decreto recriando escolas especiais para pessoas com Síndrome de Down. Luiza, assim como outros integrantes do grupo, repudiam a nova Política Nacional de Educação Especial (PNEE), que tem sido criticada pelo próprio público-alvo da proposta: as pessoas com deficiência.
Deputados, senadores, lideranças de organizações sociais e voltadas à educação estão se manifestando contra a mudança, que abre espaço para a volta das chamadas “escolas especiais” e é qualificada como segregacionista.
Luiza ainda pede em vídeo protesto que o governo se sensibilize com essa situação. “Precisamos de mais e não de menos inclusão. Acorda, se sensibilizem, estamos em 2020, vocês não estão em sintonia com a evolução que estamos vivendo. O Brasil inteiro conta com vocês para melhorar e não para que haja um retrocesso”, acrescenta no vídeo.
A dentista Fabíola Acosta, mãe de Luiza, acrescenta dizendo sobre a importância de escolas especiais, como a Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae). "A escola especial é muito importante porque tem crianças que tem a necessidade desta instituição. Porém, a oportunidade de outras crianças, que tem condições, serem inclusas nas escolas, é que o governo quer tirar", acrescenta.
Assista ao vídeo: