Coronavírus gera apreensão em quem precisa usar ônibus para trabalhar, em Apucarana
Modificado em 23/03/2020, 18:57
Trabalhadores de Apucarana que precisam sair de casa, e dependem do transporte coletivo para se locomover, estão apreensivos diante da pandemia de coronavírus.
A babá Eunice Vieira, 53 anos, não pode ser dispensada do trabalho, pois os patrões são farmacêuticos e também não puderam parar de trabalhar. Eunice mora longe do serviço e precisa usar o transporte coletivo. Para não correr risco de se contaminar no trajeto, ela ampliou os cuidados com a higiene pessoal, além de usar máscara diariamente. “Lavar as mãos toda hora virou rotina. Como dentro do ônibus não é possível, uso álcool em gel e evito tocar nas coisas. Eu cuido de crianças, então preciso usar máscara quando estou na rua”, explica.
Embora dentro do ônibus possa ocorrer aglomeração de pessoas, Eunice afirma que ultimamente os veículos estão praticamente vazios. "Hoje quando estava indo trabalhar, eu era a única passageira dentro do ônibus no trajeto", afirma.
A caixa de farmácia Ana Maria Souza, 32 anos, também usa o transporte coletivo para ir ao trabalho. Ela acredita que se todas as pessoas adotarem as orientações de prevenção, a situação será controlada. “São cuidados que eu já tomava antes, por trabalhar na farmácia, mas agora intensifiquei. Acho que se todos fizerem o mesmo, será mais fácil de controlar esse vírus e terá um menor impacto”, observa.
O repositor de supermercado Luiz Braga, 65 anos, estava preocupado em se expor com medo de ser contaminado com coronavírus, pois também usa o transporte coletivo para chegar ao local onde trabalha. Ele pegou um atestado médico de 15 dias, após ser diagnosticado com uma gripe forte e agora ficará isolado em casa. “O médico orientou que eu fique isolado durante este período e procurar atendimento somente se eu piorar”, comenta Braga.