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Alunos matriculados no Colégio Agrícola aumentam 62%

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Escrito por da redação
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Modificado em 06/02/2020, 17:52
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Todas as vagas disponibilizadas pelo Colégio Estadual Agrícola Estadual Manoel Ribas, de Apucarana, foram preenchidas. O número de alunos matriculados saltou de 228, no ano passado, para 368 em 2020. O crescimento de 62% na procura se deve a ações que aumentaram a visibilidade do colégio, como a realização de shows artísticos junto com a Expoagri e visitas de divulgação aos municípios.

“Temos hoje 289 alunos no curso Técnico em Agropecuária, 54 no curso Técnico em Meio Ambiente e ainda 25 matrículas de um projeto especial de treinamento esportivo”, enumera a professora Rosiney Pimenta, diretora do Colégio Agrícola.
De acordo com ela, os alunos são oriundos de cerca de 60 municípios. “A maioria vem do Estado do Paraná, mas também temos alunos do Mato Grosso, São Paulo e também um que morava na divisa com o Paraguai e que veio junto com os pais morar em Apucarana para fazer o curso”, cita a diretora.

Além do crescimento global do número de matrículas, chama também a atenção o aumento do número de mulheres. Se no ano passado eram 37, neste ano a ala feminina conta com 85 representantes. “Esse número só não é ainda maior porque ainda não possuímos alojamento para elas. Hoje, existe a ala masculina com 160 vagas. No entanto, temos previsto no projeto de construção do novo alojamento a ala feminina”, pontua Rosi.

As obras do novo alojamento, que iniciaram em 2014, estão paralisadas desde 2017. “Estamos buscando junto ao governo do Estado a retomada e conclusão das obras, que paralisaram com 70% do cronograma executado”, reitera, afirmando que a obra é fundamental para aumentar o número de vagas ofertadas. “Acreditamos que isso contribuirá para elevar significativamente também o número de mulheres matriculadas”, projeta.

Até a metade deste ano, o número de alunos aumentará mais ainda. Isso porque será ativado o curso de Técnico em Agronegócio, com a abertura de mais 35 vagas. Outro fato registrado é a crescente procura por alunos da rede particular de ensino, o que demonstra uma mudança no perfil dos alunos nos últimos anos. “Antigamente, as pessoas imaginavam que tinham que ter origem no sítio ou morar no alojamento para estudar no Colégio Agrícola. Hoje, temos muitos que ingressam pensando lá na frente em fazer agronomia, veterinária ou zootecnia”, avalia.

Entretanto, o número de alunos de Apucarana ainda é bastante reduzido. “São somente 36 de um total de 368. Acreditamos que falta um pouco de informação e também de valorizar mais as coisas boas que a cidade tem. As pessoas muitas vezes acham que o colégio é restrito para quem mora no alojamento e não sabem que podem morar em Apucarana e voltar todos os dias para casa”, observa a diretora.

Fortalecimento da Expoagri garante visibilidade

O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, comemora a ampliação do número de matriculados no Colégio Agrícola. De acordo com ele, duas ações foram fundamentais para esse crescimento. “Ao longo de todo o ano passado, a equipe do colégio visitou escolas em cerca de 30 municípios da região, divulgando a estrutura do colégio e os cursos ofertados”, salienta.

Outra ação apontada por Junior da Femac foi o fortalecimento da Expoagri, que no ano passado foi promovida, com o apoio da Prefeitura de Apucarana, em novo formato e programação inovadora. “O evento atraiu o maior público da história. Realizada desde 1983, a Expoagri reunia uma média de seis mil pessoas e, na edição do ano passado, registrou a presença de um público de cerca de 30 mil pessoas”, ressalta.

A Expoagri, conforme Junior da Femac, deu ainda mais visibilidade ao colégio. “Nas visitas feitas pela equipe nos municípios, muitos jovens comentaram que foram aos shows, conferiram a gastronomia e tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura do colégio. Esse é um dos nossos objetivos: colocar os jovens em contato com esse cenário e mostrar um pouco da nossa história. Apucarana tem vocação agrícola e demonstra isso desde os pioneiros, com lavouras e pecuária, vocação que é reforçada agora com a avicultura e fruticultura”, assinala.

Formandos são encaminhados para o mercado de trabalho

A cada ano, o Colégio Estadual Agrícola Estadual Manoel Ribas forma cerca de 100 alunos nos cursos de Técnico em Agropecuária e Técnico em Meio Ambiente. Destes, aproximadamente 70% são encaminhados ao mercado de trabalho, sendo que boa parte deles continua os estudos, conciliando o emprego com a universidade.

Conforme Rosiney Pimenta, diretora do Colégio Agrícola, o encaminhamento para o mercado de trabalho é uma atividade que faz parte do dia a dia da instituição. “Ainda nesta semana recebemos a solicitação de cinco técnicos para uma cooperativa que tem atuação em vários estados”, cita.

Rosi afirma que os pedidos vêm, além do Paraná, de estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Pará. “Recebemos várias solicitações de fazendas localizadas no Mato Grosso e no Pará, além de cooperativas e empresas ligadas ao agronegócio de vários estados”, reforça.

Muitos técnicos formados pelo Colégio Agrícola também optam por concursos públicos nesta área e, em torno de 10%, decidem voltar para a casa dos pais. “Desta forma, eles dão continuidade à sucessão familiar e acabam se fixando no campo, tocando a propriedade dos pais”, frisa.

Escola de gerações

O colégio foi inaugurado no dia 2 de abril de 1958. Nos primeiros anos pertenceu à Rede de Escolas de Trabalhadores Rurais, quando era ministrado um curso com ensinamentos agropecuários com duração de três anos. Em 1967, o colégio passou a ter a denominação Colégio Agrícola Estadual Manoel Ribas.

Ao longo de sua trajetória, mais de 4 mil alunos passaram pela instituição. Além dos alunos de Apucarana, do Vale do Ivaí e de todo o Paraná, Colégio Estadual Agrícola Estadual Manoel Ribas vem atraindo ao longo dos anos estudantes de todas as partes do Brasil.

O colégio tem uma escola-fazenda com área de 40 alqueires para o desenvolvimento de atividades práticas em diversos setores, como olericultura, apicultura, oficina rural, oficina mecânica, cunicultura, fruticultura, horticultura e mais abate, fábrica de ração, bovinocultura, sericultura, cafeicultura, ovinocultura, suinocultura e cereais.

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