Vendas de fogos de artifício disparam com a proximidade do Ano Novo
Modificado em 27/12/2019, 17:52
Com a aproximação do Ano Novo, a procura por fogos de artifício disparou em Apucarana. A expectativa é repetir o sucesso registrado no Natal, com aumento de até 30% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo a proprietária de uma empresa do ramo Roseli Rodrigues Gomes, o Réveillon é a melhor época para comercializar fogos. “Durante o ano vendemos bastante para aniversários de cidade, casamentos e outros eventos. No Natal as vendas foram ótimas, mas nada se compara com o Ano Novo”, afirma.
A empresária percebeu que neste ano os clientes anteciparam as compras para não ficar sem o artefato. “Geralmente os dias que antecedem a virada de ano são os mais movimentados, mas percebi que muitas pessoas estão antecipando as compras”, reitera.
Os explosivos mais vendidos no fim de ano são os coloridos, afirma ela. Já os chamados foguetes de tiro, que são mais barulhentos e não têm efeito visual, são mais usados em eventos esportivos durante o dia.
O vendedor Felipe Batista Correia, 25 anos, foi um dos clientes que garantiu os fogos de artifício para a comemoração em família. Segundo ele, a chegada do Ano Novo fica mais emocionante com o céu iluminado pelos rojões. “Compro todos os anos, pois faz parte da tradição da minha família”, conta.
POLÊMICA
Neste ano, os rojões ficaram no centro de uma polêmica. Um projeto de lei chegou a ser apresentado na Câmara dos Vereadores de Apucarana propondo a proibição dos fogos com estampidos com a justificativa de que o barulho causa sofrimento a animais, crianças e idosos. Contudo, o Ministério Público (MP) fez uma recomendação considerando o projeto inconstitucional. O projeto também teve parecer jurídico contrário. Em Arapongas, o projeto foi aprovado pelos vereadores, porém não foi sancionado pelo prefeito.
“É um ramo legalizado pela constituição. Nós lutamos e fomos amparados pela lei e os vereadores seguiram a recomendação. É uma lei inconstitucional. O brasil é o segundo maior consumidor de fogos de artifício no mundo. Mais de 1,2 milhão de pessoas tiram o sustento desse ramo", afirma Roseli Rodrigues Gomes.
Conforme a empresária, é incoerente afirmar que existem fogos silenciosos, quando na realidade existem fogos menos barulhentos. “Quando falam a palavra proibir, gera um conflito muito grande. As pessoas precisam ter a liberdade de fazer aquilo que elas gostam. A proibição não é favorável. É um comercio legalizado e através dele sustentei meus filhos, e vou continuar lutando por ele”, assinala.
CUIDADOS
Muitos animais sofrem com os estampidos dos fogos de artifício e os donos sofrem junto, pois não sabem como solucionar o problema. De acordo com o gestor do Canil de Apucarana Luan Guapuruvu, uma das principais dicas é não deixar o animal amarrado, pois ele pode tentar fugir e se machucar. Outra orientação é colocar o animal em um ambiente fechado e seguro. "É fundamental fechar portas e janelas perto da hora da virada, para evitar fugas e até quedas", orienta.
Guapuruvu também diz que os tutores podem fazer um tampão com algodão e colocar no ouvido do animal. "E, principalmente, dê muito amor para o cãozinho. Existem também algumas medicações que aliviam o stress do bichinho, mas é preciso de um veterinário para autorizar o medicamento", orienta Luan.
(Colaborou Silvia Vilarinho)