Empresário é detido por vender mercadorias roubadas em Apucarana
Modificado em 16/10/2018, 17:44
Um empresário, dono de uma loja recém inaugurada, foi detido em flagrante por vender mercadorias roubadas, na manhã desta terça-feira (16), no centro de Apucarana. Léo Mario está preso sem direito a fiança e ainda foi multado em R$ 108 mil pela Receita Estadual.
A Polícia Civil fiscalizou o estabelecimento após denúncia. De acordo com o delegado José Aparecido Jacovós, chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), o dono do contêiner roubado - avaliado em R$ 100 mil - recebeu informação de que os produtos estavam sendo vendidos na rede Máximo 12, que também tem lojas em Cianorte e Campo Mourão. No local, a polícia constatou que o proprietário estava comercializando as mercadorias sem nota fiscal.
(Segundo o delegado-chefe, o dono do contêiner roubado descobriu o paradeiro das mercadorias. Foto: Delair Garcia)
"Houve crime de receptação por essa rede dessa loja. Daqui uns dias estarão vendendo a R$ 6, porque coisa roubada é fácil de vender barato", disse o delegado sobre o estabelecimento que vende produtos com preço máximo de R$ 12.
Conforme a Polícia Civil, no roubo os bandidos levaram um contêiner com 120 caixas cheias de mercadorias. Os criminosos clonaram o caminhão, documentação e até a Carteira Nacional de Habilitação do motorista, entraram no Porto Seco de Cascavel (terminal terrestre alfandegado) e roubaram as mercadorias fabricadas na China.
(Empresário foi preso e encaminhado à delegacia. Foto: Delair Garcia)
Sonegação de impostos
Além da receptação, a polícia também constatou que o empresário não possui alvará de funcionamento. "A loja está sonegando impostos. Não está sendo recolhido nenhum centavo de ICMS para Apucarana porque nem alvará tem", revela o delegado que também acionou a Receita Estadual. As mercadorias roubadas foram apreendidas.
Léo Mario, proprietário da loja, reconheceu durante entrevista coletiva que errou ao vender mercadoria sem nota fiscal. Contudo, afirmou que não sabia sobre a procedência.
"Comprei a mercadoria e o cara prometeu que mandaria a nota. Mandei vários e-mails cobrando a nota. Eu não sou marginal, não tenho passagem na polícia. Eu sou inocente não sabia que era roubado. Sei do meu erro por estar vendendo a mercadoria. E sobre o alvará, existe uma grande burocracia para ceder esse documento", disse o empresário que foi preso e encaminhado à delegacia.