Histórias sobre 'fantasmas' em lagoa dividem opiniões em Apucarana
Modificado em 11/07/2018, 14:58
Lendas urbanas sempre suscitaram temores no inconsciente coletivo. Os mistérios que permeiam as histórias, e as muitas faltas de provas para atestar a veracidade das mesmas, podem transformar uma simples lenda em um motivo para o medo e o desconforto de muitas pessoas. Fantasmas que assombram determinados imóveis ou áreas,espíritos que vagam em locais abandonados. Esses são os cenários mais comuns para os relatos de fatos considerados paranormais. Em Apucarana (norte do Paraná), algumas pessoas que residem em bairros nas cercanias da Lagoa Schimidt, situada na região nordeste da cidade, e pescadores que vão frequentemente ao local, na zona norte da cidade, garantem já ter visto vultos e sons estranhos no local.
O servente de pedreiro José Carlos Martins Pereira, que mora no Conjunto Mathias Hofman, garante que já uma viu uma mulher à noite ao lado da lagoa e quando tentou se aproximar, o vulto desapareceu misteriosamente. "No dia 31 de março deste ano uma moça de 22 anos foi encontrada morta dentro da lagoa e há quem diga que o espírito dela ainda vaga pelo local.Eu não duvido disso", afirma.
Um policial militar da reserva, que reside na mesma região da cidade e optou pelo anonimato, também garante que há algo 'estranho' naquele local de Apucarana. "Teve muita gente que já se matou por enforcamento aqui, como foi o caso há alguns anos de um operário da construção civil que matou a mulher com várias facadas e quase a degolou no Conjunto Dom Romeu Alberti e depois veio até a Lagoa Schimidt, amarrou uma corda em árvore e tirou a própria vida. Acho que há alguma coisa realmente estranha por aqui", acredita o policial.
Já o autônomo Júlio César Rodrigues considera que tudo isso não passa de "coisa da cabeça das pessoas". 'Às vezes o pessoal vem na Lagoa do Schimidt pescar, toma umas e outras e já começa a ver coisas. Não acredito em nada disso, apenas em Deus e no poder do amor, do bem e do trabalho", frisa.
Imaginário popular ou problemas psicológicos?
Mas, segundo o psiquiatra Narciso Marques Moure, que também trabalha com médico legista no Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana e intensivista no Honpar, os fantasmas, na realidade, são fruto do imaginário popular ou de problemas psicológicos que as pessoas exteriorizam. "Se alguém diz que está acontecendo coisas estranhas, como um barulho inexplicável, portas se abrindo do nada, objetos voando pelo ar, é preciso verificar a existência de 'causas naturais' antes de qualquer coisa", recomenda.
"Há momentos em que confundimos 'medo' com "aversão" a certos assuntos, preferencialmente os relacionados a fantasmas, assombrações, espíritos, etc. Existem infinitas teorias sobre a existência e sobre os perigos associados a esse tema, e só você pode decidir o que pensa a respeito com base nas suas próprias experiências", finaliza Moure.