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Moça é presa com crack pela 4ª vez em seis 6 meses; viciado tem vergonha, mas não consegue parar, diz psiquiatra

O alastramento do crack preocupa as autoridades  - Foto: TNONLINE
O alastramento do crack preocupa as autoridades - Foto: TNONLINE - Foto:
Escrito por LUIZ DEMÉTRIO
Publicado em
Modificado em 16/05/2018, 12:12
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Uma moça de 19 anos presa pela Polícia Militar (PM) de Apucarana na terça-feira (16) com droga exemplifica bem como  o vício influencia no comportamento de um dependente químico. Uma moça de apenas 19 anos acabou detida pela quinta vez com crack nos nos últimos 6 meses, após denúncia anônima dando conta que estaria ocorrendo tráfico de entorpecentes em imóvel na Rua Jerônimo Milano, no Jardim Figueira (zona oeste da cidade).

No local os policiais se depararam com um ex-presidiário e com a moça, que segurava duas pedras de crack na mão direita.  No quintal da casa um cão farejador da  PM localizou 36 ependorfs vazios (pinos plásticos usados para embalar a droga. 

A moça foi detida mais uma vez e levada à Décima Sétima Subdivisão Policial (SDP) para os procedimentos legais. 

Familiares da jovem não sabem mais o que fazer diante da recorrência do envolvimento dela com drogas.

Vida do dependente gira em torno de consumir a droga
De acordo com o psiquiatra Narciso Marque Moure, quando uma pessoa está realmente viciada, a vida dela passa a girar em torno de consumir a droga, recuperar-se dos efeitos e consumir mais novamente. "O vício não é uso recreativo ou experimental, é uma compulsão que precisa de intervenção para que acabe", alerta o médico. 

Ainda segundo Moure, não é incomum para um dependente químico roubar objetos de valor ou dinheiro para pagar a próxima dose de droga. "O vício afeta o corpo e também prejudica o raciocínio, a ponto de o dependente não descartar a opção de roubar pra saciar a vontade de usar entorpecente. Vale lembrar ainda que a mentira tem ligação estrita com a natureza secreta do vício, assim como a vergonha que o dependente sente pelo próprio comportamento e pela impotência de controlá-lo", acrescenta o psiquiatra.

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