Mulher de Apucarana garante ver com frequência fatos futuros durante sonhos
Modificado em 02/05/2018, 08:35
Ao longo da história há registros de pessoas que supostamente poderiam prever o futuro através dos sonhos. Uma das situações mais emblemáticas nesse contexto é a de José do Egito que, interpretando um sonho do faraó, previu sete anos de muita seca e consequente escassez de alimentos. E assim aconteceu. Em Apucarana, uma mulher de 52 anos que reside em bairro na zona sul da cidade também garante que já sonhou muitas vezes com fatos futuros muito marcantes em sua vida e conta alguns deles.
Ela lembra que quando era jovem foi picada por várias abelhas (assim como aconteceu com o médium espírita Chico Xavier) e aos 19 anos teve o primeiro sonho supostamente revelador. "Sonhei que um cunhado meu tinha morrido à noite e já durante o dia, quando vieram me avisar que ele havia falecido por volta das 12 horas, quando vi o pessoal chegando para me avisar já sabia o que havia acontecido", lembra.
A apucaranense, que optou pelo anonimato, acrescentou que em outra oportunidade sonhou que o médico Beto Preto seria um prefeito muito popular em Apucarana, cerca de oito anos antes dele ser eleito pela primeira vez.
"Quem me conhece lembra quando um belo dia acordei e depois lembrei desse sonho que foi muito marcante para mim", lembra. Sobre sonhar com os números da loteria, a apucaranense explica que as premonições não podem ser direcionadas, mas relata que já ganhou uma vez na extinta Lotopar, várias vezes no jogo do bicho, além de um bezerro sorteado por um açougue no Dia dos Pais e uma moeda de ouro em promoção de Natal da Acia . "Mas não há como escolher com o que sonhar", explica.
Ela também revela ter um outro tipo inconsciente de percepção premonitória. "Quase todos os dias, quando o rádio está ligado e começo conversar com alguém, logo que falo qualquer palavra aleatoriamente, o locutor fala a mesma palavra no segundo seguinte, seja ela uma palavra comum ou até mesmo pouco usual", assegura.
Pesquisa
O professor de psicologia Stanley Krippner, da Universidade Saybrook, nos Estados Unidos, estuda há 40 anos os campos da parapsicologia, dos sonhos precognitivos e do xamanismo. Ele acredita que, sim, humanos são capazes de ter sonhos premonitórios. Sua pesquisa, afirma, dá base para tal afirmação.
Krippner citou um dos seus mais importantes estudos sobre sonhos precognitivos. Nele, um voluntário se sujeitava a uma noite comum de sono, mas com uma pequena diferença: seu objetivo era sonhar com algo que aconteceria na manhã seguinte. O voluntário era então acordado quatro ou cinco vezes ao longo da noite para descrever seus sonhos para um dos pesquisadores.
No dia a seguir, os pesquisadores escolhiam aleatoriamente uma atividade em meio a uma série de opções pré-planejadas. Em seguida, o voluntário era submetido à ela. Krippner diz que não havia nenhuma possibilidade dos participantes saberem qual seria a atividade antes que ela fosse escolhida e administrada.
Krippner cita o exemplo de um participante que sonhou, certa noite, com pássaros: pássaros no ar, pássaros numa lagoa, pássaros voando, pássaros de todos os jeitos. Na manhã seguinte, o participante foi submetido a uma das atividades escolhidas aleatoriamente. "A atividade consistia em ouvir alguns sons com um fone de ouvido", disse o professor. "E qual era o som? Cantos de pássaros. A segunda parte da atividade era assistir a um vídeo. E o que havia nesse vídeo? Fotos de pássaros."
Ao final das oito noites, um júri imparcial comparou os sonhos dos voluntários com as atividades que foram submetidos. A ideia era determinar se os sonhos correspondiam ou não à atividade prescrita na manhã seguinte. Krippner afirma que, para cada participante, o júri encontrou pelo menos uma correspondência entre sonho e atividade subsequente em quase todas as noites do teste.
Uma das teorias sobre os sonhos precognitivos indica que talvez nosso cérebro, durante a desordem total do estado REM, possa identificar e processar diferentes tipos de "sinais" que não reconhecemos conscientemente, e esses sinais possam nos ajudar a compreender o futuro. Quanto à origem desses sinais, a resposta pode estar no emaranhamento quântico, a ideia de que duas partículas ou tempos distintos podem interagir entre si mesmo estando fisicamente distantes.
Com informações do portal Motherboard