Candidata mais votada não é reeleita vereadora
Modificado em 17/11/2020, 16:55
No último domingo (15), data do 1° turno das eleições municipais, a candidata Marli Gonçalves Costa de 51 anos, foi a candidata mais votada em Toledo, no Paraná, mas não conseguiu se reeleger no cargo.
Mesmo sendo a candidata com o maior número de votos na cidade, Marli não foi reeleita no cargo. Marli não conseguiu a reeleição porque para garantir uma cadeira na Câmara dos vereadores, é necessário levar em consideração o quociente eleitoral - número de votos que cada partido precisa ter para conseguir uma vaga na Câmara.
Para que um partido elegesse um vereador na cidade, ele precisaria atingir um somatório de votos, seja nominal, seja por voto em legenda, no mínimo de 3.695. No caso do PSB, o partido da candidata, o quociente partidário (votos em candidatos do partido acrescidos dos votos em legenda) foi de 2.523 nesta eleição municipal.
Sendo assim, o candidato Genivaldo Paes, do PL, foi eleito mesmo com uma votação menor do que Marli. Isso ocorreu porque o quociente partidário do partido dele foi de 7.956, ou seja, atingiu o quociente eleitoral.
Marli utilizava o nome de 'Marli do Esporte' nas urnas e recebeu 1.621 votos, sendo a candidata mais votada do município, como não conseguiu uma cadeira na Câmara, o candidato eleito com o maior número de votos acumulou 1.289 votos dos eleitores.
“A população mostrou que me queria lá, o que não permitiu isso foi o sistema. Na minha opinião, esse sistema não representa a democracia, pois eu poderia ter articulado com partidos maiores ou poderíamos ter colocado mais candidatos no nosso partido, mas não, fomos para as eleições com 16 trabalhadores", disse Marli.
Mesmo não se reelegendo, Marli deixou claro que ficou feliz com o resultado. A candidata afirmou que o número de votos mostrou que a população está satisfeita com o trabalho dela e a queria como representante na Câmara.